Adotando uma abordagem flexível e adaptativa para o gerenciamento de projetos

Controle sem contato, comandos de voz ou gestos permitirão maior usabilidade para todas as pessoas, independentemente de terem uma deficiência ou não, e um ambiente em que o uso de dispositivos físicos parece ser menos necessário. De acordo com dados do Banco Mundial, estima-se que 1 bilhão de pessoas - equivalente a 15% da população mundial - vivam com algum tipo de incapacidade. No futuro, essa porcentagem pode aumentar consideravelmente, dada a tendência global de envelhecimento das populações. Para enfrentar esse desafio crescente, a arquitetura terá que se adaptar rapidamente, devido ao papel que os ambientes construídos têm em constituir uma barreira ou um caminho para a inclusão de pessoas com diferentes tipos de deficiência, idosos, bem como diversos grupos que compõem a pluralidade humana. A arquitetura do futuro também deve ter foco no bem-estar do ser humano, já que isso impacta na qualidade de vida e na produtividade — principalmente quando falamos de um ambiente corporativo. Como o reuso adaptativo evita gastos com demolições e novas construções, se apresenta como uma solução capaz de atender demandas urgentes, como a da habitação social.

O arranjo dos espaços intramuros deveria permitir aos próprios moradores o desenvolvimento de jardins a partir do pátio estruturante. Atentava-se também para a necessidade de prevenção de ruídos vindos, sobretudo, da rodovia próxima, a Panamericana Norte. planta pronta O tema da flexibilidade na arquitetura residencial tratado como um conceito que possui suas raízes nos antecedentes da arquitetura moderna e que evoluiu desde então, sendo aplicado em projetos ao longo do tempo através de diferentes maneiras.

A Figura 3 representa a implantação do conjunto, que foi entregue aos moradores em etapas, concluídas em 1978. Um exemplo distinto de iniciativa dos próprios moradores para o melhor ajuste a suas necessidades e aspirações em conjuntos projetados pode ser observado no Quartiers Modernes Frugès , em Pessac, na França, projetado por Le Corbusier e entregue à população em 1926. Ainda que falhas construtivas tenham motivado intervenções logo após sua ocupação, Boudon constatou que o projeto de estética purista serviu de base para modificações diversas. Foram comuns a eliminação dos pilotis, o surgimento de coberturas em duas águas sobre as lajes planas e terraços, o fechamento parcial dos extensos vãos das janelas horizontais ou sua substituição por esquadrias tradicionais com venezianas e o acréscimo de ornamentação nas fachadas. Sobre a obra, Lefèbvre considera que os preceitos ideológicos e teóricos de Le Corbusier foram superados em face da realidade e que o projeto, na prática, teria sido mais hesitante, flexível e vital que sua teoria.

Arquitetura adaptativa: flexibilidade para o futuro

Aliás, foi nestes grandes centros, onde os prédios com microapartamentos se tornaram tendência nos últimos anos, que os móveis multifuncionais começaram a aparecer no Brasil, mostrando que era possível ter quarto, sala e cozinha em ambientes com área inferior a 30 metros quadrados. A marca italiana Scavolini é uma das que já trabalha com móveis multifuncionais para permitir, por exemplo, que um único espaço abrigue quarto e living. A iluminação - como um elemento intrínseco da arquitetura - se beneficiará muito, pois veremos sistemas avançados que podem ser controlados de uma maneira menos complexa e mais remota, facilitando a modificação de ambientes e níveis de iluminação sem interagir fisicamente com um controle remoto. Nos últimos anos, testemunhamos como diferentes variantes de tecnologias inteligentes se estabeleceram na vida cotidiana.

Pensamento sistêmico na arquitetura

Um sistema de suporte permitiria que uma moradia fosse passível de execução, alteração e mesmo demolição, independentemente das outras moradias. Oportunidades de projeto de suporte e preenchimento possibilitariam uma variedade infindável de moradias, a renovar-se constantemente. Lyle propõe o projeto regenerativo para o restabelecimento da conexão entre as pessoas e a natureza no ambiente construído, de modo a manter a integridade dos processos naturais que dão suporte à vida, abordando-os de maneira inter-relacionada, a exemplo de como funcionam na natureza. A proposta toma o ecossistema humano como conceito e adota os princípios relacionados, que se aplicam a um incremento básico inicial e se desenvolvem gradualmente, adquirindo complexidade e coesão com a participação dos usuários ao longo do tempo. Neste trabalho, aquele olhar mais amplo sobre o conceito de flexibilidade é tomado como contribuição para uma abordagem comprometida com a capacidade sociocultural de transformação do ambiente construído nas diferentes escalas, da arquitetura à cidade. Relevantes estudos de diferentes épocas (COELHO; CABRITA, 2009; TALLEN, 2008; JACOBS, 1961) salientam a importância da diversidade para uma abrangência de aspectos qualitativos, incluindo a segurança e a vivacidade urbana.

RIBA publica manual com 10 aspectos para um bom projeto habitacional

Esta documentação serve para melhor identificar e analisar elementos específicos e bem sucedidos de projetos existentes, os quais podem ser facilmente incorporados e adaptados à novos projetos, não apenas no Reino Unido, mas em qualquer lugar do mundo. Definida por influências históricas e culturais, a arquitetura contemporânea do país centra-se em discussões sobre a melhor forma de se modernizar. Construídos ao longo de milênios, os projetos habitacionais da Índia são feitos para atender a diversas escalas, programas e funções. Explorando uma paisagem urbana revitalizada, estes projetos habitacionais modernos começaram a dar um novo tom para o futuro.

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Ao adotar uma abordagem flexível e adaptativa, as equipes de projeto têm maior liberdade para experimentar e inovar. Isso estimula a criatividade e a geração de soluções inovadoras, garantindo a diferenciação da organização no mercado. A flexibilidade adaptativa possibilita uma melhor identificação e gerenciamento dos riscos ao longo do projeto. Com uma abordagem flexível, é possível monitorar e antecipar problemas, evitando atrasos ou falhas no projeto. Publicado recentemente pelo RIBA , "dez características dos lugares onde as pessoas querem viver" apresenta uma série de estudos de caso que ilustram elementos de projetos contemporâneos de habitações coletivas.

Como vimos, a arquitetura ou a atuação ideal de um arquiteto será aquela que se preocupa não só em fazer grandes construções, mas em obtê-las sem impactos negativos em seu entorno, trazendo mais qualidade de vida para as pessoas e pensando no meio ambiente. Isso porque é pensada de acordo com o perfil e a rotina dos moradores, podendo ser ajustada sempre que surgir a necessidade. Ambientes integrados recebem muito mais luz e ventilação natural, o que reduz a necessidade de lâmpadas para iluminar e de climatização artificial. Com a pandemia, houve um aumento da preferência pelos espaços abertos e conectados, visto que mantêm os moradores mais próximos e participativos nos momentos em família. O comprometimento com a qualidade dos espaços internos deve se estender para fora, para as cidades, de modo que se forme um grande conjunto de espaços acolhedores à vivência humana. A internet das coisas permite o controle e a gestão de vários dispositivos eletrônicos a distância, como TVs, sistemas de cortinas, fechaduras modernas e até eletrodomésticos.