Por que apostar vicia? Entenda a Psicologia por Trás do Hábito de Jogar

Este comportamento é visível em ações que nos ajudam a sobreviver enquanto espécie, como comer, beber e fazer bebés. Os especialistas em psicologia e biologia chamam essas ações de "comportamentos motivados". As repercussões do vício em jogos de azar são abrangentes, afetando a saúde mental, relacionamentos, vida profissional e situação financeira.

Como saber se tenho vício em apostas?

Esta descarga de dopamina após uma vitória, ou mesmo a antecipação de jogar, reforça o comportamento de continuar apostando, apesar das possíveis consequências negativas. Psicoterapia, incluindo a terapia cognitivo-comportamental (TCC), é essencial no tratamento do vício em apostas. Essa abordagem ajuda a modificar padrões de pensamento prejudiciais e readequar comportamentos de risco. Em casos específicos, medicamentos podem ser prescritos por um psiquiatra para tratar concomitantes problemas de saúde mental. Com a promessa de retornos rápidos e baixo investimento, tal como apostas de 1 real, e variadas categorias de apostas disponíveis, de sports betting a jogos virtuais como o jogo do bicho ao vivo, as opções parecem ilimitadas. A ilusão de estratégias infalíveis, como as prometidas por métodos para ganhar no jogo do tigre, e o apelo emocional de itens como o ‘cartelão da sorte’, reforçam a perseguição pelo prazer momentâneo associado a grandes ganhos.

Porque aposta é viciante?

Como o ato de apostar pode se tornar um vício

Então, em teoria, algumas empresas de bet podem fazer você ganhar e perder da forma como quiser, e se souberem usar bem a psicologia podem gerar vícios intencionalmente. Quando jogamos, inevitavelmente vamos sentir uma excitação, Apostas Esportivas um tipo de agitação, e começaremos a ter um aumento de adrenalina por conta do risco envolvido. Quando ganhamos a explosão de sentimentos positivos e alívio é imensa, e quando perdemos o sentimento negativo nos leva a jogar mais.

Outros riscos a considerar

Porém, a cada repetição o jogador sofre cada vez mais e piora a sua situação até atingir um dos pontos mais baixos da sua vida. Idealmente, a pessoa afetada deveria procurar ajuda para a sua dependência do jogo. Contudo, se a tentativa de quebrar o ciclo não for bem sucedida ou se não ocorrer a tempo de evitar danos maiores, poderá levar a que o jogador não seja capaz de continuar a jogar devido à ausência de rendimentos ou, no pior dos casos, morte. Antes de abordar os fatores mencionados, vejamos como o jogo compulsivo afeta a saúde financeira.

A dopamina, um neurotransmissor que atua no cérebro, desempenha um papel significativo na forma como as pessoas desenvolvem a dependência de jogos de azar. Quando jogam, as pessoas experimentam um aumento na liberação de dopamina, o que pode levar a um ciclo de perseguição de prazer e recompensa, semelhante ao visto em outros tipos de dependências. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para tratar o vício em apostas. Ela visa modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais relacionados ao jogo compulsivo. A prevenção é uma das melhores soluções quando o assunto é o vício em jogos de azar.

Os jogos de azar oferecem a promessa de ganhos financeiros imediatos, o que pode ser bastante atraente. A sensação de euforia e a adrenalina gerada ao se ganhar influenciam fortemente o comportamento humano. No entanto, mesmo quando não se ganha, a expectativa pelo que poderia ter sido, frequentemente, mantém as pessoas jogando na esperança de virar o jogo. Para prevenir o vício em jogos de azar, é importante estar ciente dos riscos e limites envolvidos nas apostas.

“Isso aumentou massivamente o número de pessoas viciadas, a partir do momento que expôs formas mais abrangentes de acesso às apostas”, diz o psiquiatra Cirilo Tissot, especialista no tratamento de compulsões. Psicólogos com experiência em dependência, assim como psiquiatras, são profissionais indicados para ajudar nos casos em que as pessoas não conseguem manter uma rotina sem fumar maconha. Elas funcionam de forma diferente dos jogos regidos pelo arcabouço legal de apostas online. Nesse caso, as empresas precisam ter sede no Brasil e o usuário deve ser orientado quanto ao risco de perda de valores ao jogar.

A serotonina e a dopamina parecem tornar os jogadores menos sensíveis à "desconexão" das perdas. Um indivíduo "médio" desiste após sofrer uma onda de perdas, com a sensação de desgosto. Em oposição, um jogador que perdeu a sensibilidade aos sentimentos negativos associados à perda de dinheiro, continuará a jogar por muito mais tempo. Mas se esse mesmo jogador decidir parar de jogar e continuar com a sua rotina (exceto o jogo), ele sente sintomas de abstinência, pois o cérebro espera uma onda de bons sentimentos.

É importante que os indivíduos reconheçam os riscos associados ao jogo e busquem ajuda se sentirem que o jogo está se tornando um problema. Por outro lado, a perda em jogos de apostas também tem um impacto significativo na mente humana. A perda provoca uma resposta emocional negativa, que pode levar a um desejo de recuperar o que foi perdido, criando um ciclo vicioso que pode ser difícil de quebrar. Segundo especialistas, a resposta está em como nosso cérebro reage à recompensa e ao risco. Quando apostamos e ganhamos, nosso cérebro libera dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e recompensa. Esse "rush" de dopamina pode ser tão viciante quanto qualquer substância química, levando as pessoas a buscar repetidamente a emoção da vitória.

O UOL esteve em um encontro virtual, com cerca de 60 participantes de diversas regiões do Brasil, e ouviu histórias de jogadores que perderam contato com familiares, assumiram grandes dívidas e até pensaram em suicídio. Nas seções seguintes deste artigo, focaremos especialmente este tipo de jogadores - jogadores compulsivos, jogadores problemáticos, viciados no jogo. Os jogadores com personalidade anti-social não têm tendência a desenvolver uma dependência do jogo. Contudo, podem utilizar a dependência do jogo como uma desculpa caso as suas práticas ilegais os levem a uma situação problemática.