Atenção aos direitos dos autistas no período de matrícula escolar

Na particular, eles aceitaram o meu filho sabendo do diagnóstico mas não fizeram nenhuma adaptação para atendê-lo de acordo com as suas necessidades, não tinham entendimento. Já na escola pública, ele tem um professor auxiliar preparado para isso”, diz. Nathalia concorda, a partir da sua experiência, que no ensino público o suporte e a inclusão são maiores.

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

A formação contínua é essencial para ser uma boa professora para essas crianças. A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido com falta de educação e limite.

Autista na educação: quais são as leis vigentes?

O meu aluno demanda de apoio constante para as suas necessidades, possui comportamento restritivo e de repetição constantemente, não é verbal, não responde aos estímulos para atender aos comandos para se criar interação. Ele é autista severo nível 3, com grande comprometimento neurológico e está em uma sala regular com mais 22 alunos, dentre eles mais 6 alunos com alguma dificuldade de aprendizagem e 3 suspeitos de serem autistas nível 1 e 2. A educação é umas das maiores ferramentas para o desenvolvimento de uma criança autista. Através da educação, essa criança pode aprender tanto matérias acadêmicas quanto atividades do cotidiano. A aprendizagem das crianças autistas não é fácil, contudo fica evidente que, com dedicação e amor, estas crianças podem alcançar uma vida mais independente e com qualidade.

Professor auxiliar/Acompanhante especializado individual ou coletivo

Alunos que necessitam de professor auxiliar/acompanhante especializado, adaptação de material, de conteúdo em sua grande maioria “perderam o ano”, pois não foram ensinados de forma adequada. Conforme entendemos melhor sobre a jornada do autista na educação, torna-se evidente que conhecer e aplicar os direitos garantidos por lei é essencial, tanto para criança, quanto para família. Com isso, a equipe fica mais preparada para identificar sinais de autismo e encaminhar os alunos para profissionais especializados, garantindo diagnóstico e intervenções precoces.

A estrutura citada acima faz parte da rotina de milhões de alunos Brasil afora, mas é bem verdade que existem escolas preocupadas com a quantidade de estudantes na mesma turma. Quando há uma pessoa autista entre os colegas, o desafio dos educadores tende a ser maior, pois o conteúdo precisa ser absorvido por ela também. Afinal, todas as outras crianças vão começar a disputar quem tem a letra mais bonita.

Nesse caso, vai ser preciso aplicar alguma técnica fonográfica para trabalhar essa limitação. Para esses alunos, não peça que eles te ouçam e olhem para você ao mesmo tempo. Porém, mantenha-se informado com a família da criança se algo está sendo feito para melhorar o processamento nervoso que leva à recepção mono-canal. Assim como a sensibilidade aos sons, alguns autistas também podem se sentir incomodados com a luz. Uma dica de adaptação é colocar o aluno próximo da janela, onde ele não dependa das luzes artificiais das lâmpadas, se esse for o motivo do incômodo. Nesses casos,  a opção é combinar com a escola adaptações que minimizem o impacto.

Tem limite de autista por sala de aula?

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. É importante que as famílias estejam cientes do seu direito frente as instituições de ensino, sejam elas públicas ou particulares e em qualquer nível educacional, que vai desde a creche até ao ensino profissionalizante ou superior. As adequações curriculares servem para flexibilizar e viabilizar o acesso às diretrizes estabelecidas pelo currículo regular e não possuem a intenção de desenvolver uma nova proposta curricular, mas estabelecer um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos.

Aproveite isso e insira esses temas em suas atividades em sala de aula para atrair a atenção do aluno com autismo e conseguir com que ele se concentre nas tarefas por mais tempo. Quando falamos em inclusão, logo pensamos nas crianças com necessidades especiais. No entanto, temos que praticá-la com todos os alunos, visto que toda criança tem necessidades e tempos de aprendizagem diferentes. Fatores como diagnóstico precoce do autismo, contato próximo com a família, apoio dos profissionais especializados que atendem a criança, sensibilização dos funcionários da escola e a constante troca entre os professores favorecem a realização da inclusão. Não existe nenhuma legislação federal que possibilite a limitação de alunos autistas por sala de aula. Se houver alguma legislação estadual ou municipal que determine esse limite, a mesma poderá ser considerada inconstitucional.

Isso se dá por meio da criação de processos e estratégias e também seguindo as legislações que amparam essa temática. Somente com o acompanhamento será possível identificar a situação da criança/adolescente e saber se ele está apto a encarar uma turma escolar. Vários conceitos são ensinados às crianças de forma generalizada, por exemplo, que se deve dizer obrigado às pessoas. Mas nem todos os autistas vão entender a ideia da generalização.

De acordo com essa lei, é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com TEA o acesso à educação, com garantia de acesso ao ensino regular e inclusivo. Para isso, deve-se disponibilizar os recursos e apoios necessários para que o aluno autista possa ter acesso ao currículo escolar, de acordo com suas necessidades individuais. A interação entre pais e professores é muito importante para o processo de aprendizagem da criança com autismo, pois juntas irão achar formas de atuação, a fim de favorecer o processo educativo eficaz e significativo na superação das dificuldades de uma criança com autismo. Portanto, além de acolhedora e inclusiva, a escola precisa se constituir em espaço de produção e socialização de conhecimentos para todos os alunos, sem distinção.

Se em algum momento você vir a criança colocando a mão sobre os ouvidos, é porque aquilo está incomodando. A criança pode criar resistências a horários e ambientes onde ela sabe que algum som está por ser ouvido. Do mesmo modo que as áreas de interesse podem ajudar  a descobrir mais coisas que o autista gosta, elas podem auxiliar nas matérias não tão agradáveis. Por isso, é importante que você, como professor, traga exemplos daquele universo para explicar as teorias das demais matérias.

É inegável que a escola deve se adaptar ao aluno autista, sobretudo se ela promover a inclusão. A metodologia precisa estar compromissada com o ensino do conteúdo a todos os estudantes e os educadores também devem estar alinhados a isso. A principal legislação que garante esse direito é a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, conhecida como Lei Berenice Piana.

O desenvolvimento de habilidades sociais é importante para todas as crianças, e o ambiente escolar é um dos locais onde ocorrem os principais estímulos para a socialização. Maravilhoso o que vocês nos proporciona de conhecimento.Para mim acompanhar vocês é um curso de atualização para o nosso currículo fazendo assim enriquecer nossos conhecimentos. Sobre este assunto acho que as nossas salas de aulas devem sim comportar uma quantidade de ate 20 alunos para um bom desenvolvimento na aprendizagem do aluno autista .

A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento de toda criança. É nela que geralmente fazem os primeiros amigos fora do núcleo familiar, aprendem a se enxergar como parte da sociedade e têm contato com a diversidade. Para a criança autista não é diferente, bpc autista negado porém, é também no colégio onde alguns desafios extras e preconceitos começam a aparecer. Na prática, muitas vezes um mesmo profissional – formado ou graduando em Pedagogia e por vezes sem especialização em educação especial – cumpre os três papéis.