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Em comparação com outros anos analisados, houve piora do ambiente de negócios (129º lugar), item que abrange eficiência legal e impostos; na segurança (106º) e mão de obra (93º). Na avaliação do órgão, o Brasil também tem recursos culturais "muito fortes", que incluem desde patrimônios a eventos esportivos e de entretenimento, e desenvolveu uma estrutura turística relativamente boa, mas peca em vários outros quesitos. O tamanho continental do Brasil, que de uma forma pode ser uma vantagem pela variedade de ofertas, acaba gerando um problema pelo deslocamento. Para Panosso Netto, "o transporte aéreo está deveras caro pelo preço do querosene e a política de impostos dos combustíveis e taxas aeroportuárias. Além disso, as viagens rodoviárias são prejudicadas pelas condições das rodovias; e se as rodovias são boas, os pedágios são caros".
Já nessa época, o papel do Estado no desenvolvimento do turismo era conflituoso e contraditório. Como o mercado ainda não era estruturado e a quantidade de empresas era incipiente, cabia ao poder público investir em serviços que poucos cidadãos tinham acesso, chegando a assumir a operação da atividade turística de forma direta. Na oportunidade, já se observava que o turismo viria a ser um importante mobilizador de fluxos de capital internacional no período pós-guerra. O que Florestan (2020) nos indica é que a desigualdade social brasileira tem bases em um racismo estrutural que fez o país libertar os negros, sem os incluir na sociedade. Em pesquisa realizada pelo Instituto Ethos (2015) - “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas” - foi constatado que os cargos mais elevados que o mercado de trabalho oferece estão assustadoramente distantes da população de negros e pardos. Segundo o estudo, a concentração de pessoas brancas em cargos de conselhos de administração, executivo e gerência somam mais de 90% em relação à de negros e pardos, que, por sua vez, só conseguem estar à frente nessa estatística em cargos de trainees ou aprendizes, com pouco mais de 57%.
O ano de 2016 foi intenso para o turismo brasileiro com a realização da Olimpíada, ocorrida sob o impacto causado pela epidemia de zika na visibilidade do país. Segundo a pesquisa, embora o ambiente entre 2000 e 2019 no mercado aéreo "tenha melhorado a oferta e a competição nas rotas principais, especialmente aquelas conectando as capitais dos Estados e grandes centros urbanos, o acesso regional ainda é caro e, na maioria dos casos, insatisfatório". Violência, corrupção, ambiente hostil para mulheres e para o público LGBTQ+, somados à deterioração nos últimos anos da imagem do país em campos como meio ambiente e a gestão da pandemia do coronavírus, não criam um cenário muito atraente para turistas considerarem o Brasil como destino, afirma Panosso Netto. O turismo é cada vez mais importante na economia global, e na economia do Brasil não é diferente. Só em 2015, o setor gerou mais de 2,6 milhões de empregos diretos por aqui.
Sem falar que o Brasil aparece em décimo lugar no ranking da WTTC, que compara a relevância do turismo no PIB dos países. Quem mais dificulta o desenvolvimento do turismo no Catamarã Farol do Morro para Morro de São Paulo Brasil é o Estado brasileiro. No fim, o Brasil recebeu 6,6 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 4,8% em relação a 2015, segundo a Organização Mundial do Turismo.
O governo tentava demonstrar que não queria concentrar o desenvolvimento do turismo em lugares específicos, mas estimular o trabalho integrado entre municípios e suas estruturas políticas não é tarefa simples. As primeiras experiências do MTur geraram conflitos e entraves locais/regionais que demandaram a implementação de um novo programa, com metodologia apropriada e sistemática, assim como ocorreu com o PNMT e com o Prodetur/NE. Desenhava-se, então, um discurso que ia além do combate à desigualdade social como instrumento legitimador e incorporava a importância da participação popular como caminho para gerar desenvolvimento para o país. Porém, aproximar a atividade turística da esfera participativa não era tarefa simples, principalmente por envolver segmentos sociais que não estavam acostumados com um nível de participação que ia além da consulta. O PNMT impulsionou um tipo de desenvolvimento turístico que hierarquizou as cidades a partir de suas pré-condições de infraestrutura básica e turística, tornando alvo de investimentos públicos os destinos que apresentavam melhor estrutura. Tratava-se de um Programa que atuava no fortalecimento da governança local, capacidade fundamental para promover o turismo, orientando as ações por metas e princípios definidos pela cadeia produtiva de cada lugar.
Nas quatro primeiras rodadas, os aeroportos foram concedidos individualmente. A partir da quinta rodada, os ativos foram transferidos em blocos, incluindo não somente aqueles localizados em capitais, como também aeroportos regionais. Vários desses aeroportos administrados por operadoras privadas não conseguiram atingir os níveis esperados de demanda de passageiros. O modelo de concessão proposto no Brasil exigiu diversos ajustes, enfatizando sua inicial inadequação em comparação com os modelos usados em outros países. O estudo da Geografia do Turismo também leva ao desenvolvimento de projetos de mapeamento dos principais polos turísticos – algo de grande utilidade para o monitoramento da ocupação social e da transformação do espaço. Além disso, o estudo do Turismo gera análises sobre a dinâmica dos diversos fluxos turísticos no pais.
O número caiu pela metade em 2015 e, para a temporada de 2016, a previsão era de míseros seis navios. Isso porque quase todos os processos que envolvem a realização de um cruzeiro são caros e complicados, desde a aprovação da construção de um porto à contratação do prático (o“manobrista de navio” – aquela que talvez seja a profissão mais inflacionada do Brasil, com ganhos que chegam a R$ 300 mil por mês). A Embratur foi criada em 1966 para cuidar de tudo que diz respeito a turismo no Brasil, desde capacitação de pessoal a obras e divulgação. Com a implantação do Ministério do Turismo em 2003, ela passou a se dedicar exclusivamente à promoção do Brasil como destino no exterior.