Este livro apresenta discussões filosóficas e metodológicas em torno da prática do ensino do jornalismo na Web. A coletânea está articulada em dois níveis – o teórico-conceitual e o aplicado. Além disso, relata experiências pautadas na aplicação pedagógica de outras ferramentas disponíveis na Internet, como é o caso dos blogs e na produção de testes práticos de softwares, especialmente desenhados para a docência do webjornalismo (plataformas de ensino e publicação). Nas décadas de 1970 e 1980, produzir um noticiário impresso era um processo quase que industrial, pois poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era a mais demorada, a checagem da notícia era descrita com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades da tecnologia, atualizar um portal de notícias e praticar o webjornalismo tornou-se ainda mais simples. A rede tem como objetivo pensar os aportes teóricos, metodológicos, técnicos e históricos dos estudos da narrativa em relação com o jornalismo e a mídia.
— Portanto, se o jornal está aí há tanto tempo, o leitor sabe que há um motivo para isso. Este patrimônio é que nos permitirá, cada vez mais, rentabilizar nossas marcas e produtos no ambiente digital. O primeiro passo foi fazer um diagnóstico da imagem que o meio tem entre diferentes públicos, por meio da pesquisa da Lew’Lara/TBWA. Ainda assim, vivemos presas e aprisionadas nas questões culturais que apontam a mulher como um ser frágil e limitado, cuja melhor função que ela pode exercer é ser mãe e dona de casa. Hoje, a mulher pode e deve reconhecer seu verdadeiro papel na sociedade. Afonso Ribas foge da romantização e afirma que é preciso ter resiliência para se adaptar às mudanças constantes que ocorrem no mercado e para lidar com os altos e baixos que envolvem o empreendedorismo. Antes de tudo, esse profissional precisa saber que o empreendedorismo não é um conto de fadas.
Este estudo buscou fazer um levantamento sobre quem são, onde estão e o que fazem os jornalistas cidadãos, os consumidores que estão ajudando os veículos de comunicação. O jornal impresso se constitui no mais antigo e tradicional meio de comunicação que ainda vive.
Tenho alguma dificuldade com a tecnologia digital”, admite o jornalista José Raimundo, que possui 42 anos de profissão e reportagens televisivas históricas em sua bagagem. Para ele, o convívio e uso de plataformas como WhatsApp, YouTube, dentre outras, são hábitos recentes. Com mais de 40 mil seguidores no Instagram, ele costuma publicar passagens da vida pessoal e da carreira, sendo bastante admirado. Foi por lá que ele anunciou sua saída da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, onde trabalhou por mais de três décadas. Esse é o principal desafio enfrentado pelos profissionais da comunicação inseridos no contexto do jornalismo digital.
Para a pesquisadora, que integra o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/Facom), jornalismo digital significa “usar os recursos e ferramentas específicas para produzir conteúdos jornalísticos apurados com ajuda de tecnologias, mas não apenas delas”, salienta. “O jornalismo, a apuração, se dá tanto no contato face a face com as fontes, na apuração por telefone e, atualmente, através das redes sociais, pelo WhatsApp, e em entrevistas virtuais”. Segundo ela, o contexto multiplataforma vem trazendo mudanças ao jornalismo há algum tempo.
“Na minha época, já tinha o ensino para rádio e internet, mas era a parte prática de ferramentas e técnica. Acho que vale ser passado o conceito de gestão, mercado e desafios da área. Unir teoria, técnica, prática e experiência sobre o dia a dia das redações”, afirma a gestora. Por plataformização entende-se as novas dinâmicas entre pessoas, serviços e setores governamentais e empresariais, mediadas por plataformas. Nesse contexto, o jornalismo digital também é influenciado por esse fenômeno contemporâneo. Para compreender melhor essa questão, o GJOL Cast terá a participação especial do diretor fundador do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas em Austin, e criador do Simpósio Internacional de Jornalismo Online, Rosental Alves.
É realmente muito bom ter o seu próprio negócio, ser livre para produzir sobre o que você quiser, mas não é fácil chegar até o momento em que esse projeto se torna sustentável”, alerta. Com tantas mudanças em pouco tempo, o jornalismo se tornou uma profissão em constante evolução, autocrítica e desafios. Por ser uma carreira tão dinâmica, o curso de jornalismo é muito procurado por concluintes do Ensino Médio.
É o que aponta Suzana Barbosa, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA). A especialista foi ouvida pela reportagem da ABI, junto a focas e veteranos da imprensa baiana. As experiências relatadas ajudam a entender como jornalistas têm se adaptado às transformações digitais e buscado alternativas para enfrentar a precarização do setor, problema intensificado pela pandemia de Covid-19. É incoerente dizer que, com o surgimento da internet, todas as outras formas de jornalismo se tornaram obsoletas. O telejornal ainda exerce tremenda influência sobre a sociedade e tem um papel importantíssimo na comunicação em massa. O jornal impresso, por sua vez, passou por diversas crises e tem se reestruturado e crescido como jornalismo digital. A terceira geração caracterizou-se pela incrementação de conteúdos multimídia (texto, imagem, som e vídeo).
Generalizou-se a participação dos usuários e se incorporou recursos multimídia e alguns meios anunciaram processos de convergência. No Brasil, a década de 90 também marcou a criação do Jornal do Brasil Online, a primeira publicação nacional na internet. Hoje, segundo o site Guia de Mídia, que faz auditoria das páginas de jornais online do Brasil e do Mundo, existem 39 jornais online produzidos no Espírito Santo, grande parte no interior do estado, embora as grandes empresas de mídia estejam na capital. O maior impacto das transformações do jornalismo, contudo, não foi apenas a transição do papel para o digital – mas a lógica da produção da informação Filmes e o estilo da linguagem jornalística nesse novo meio. O instituto de pesquisas Pew Research Center realiza anualmente um levantamento sobre a indústria de notícias nos Estados Unidos, com o intuito de mapear a dinâmica e a diversificação do setor ao longo do tempo. O resultado do relatório publicado em 2015 revelou que os dispositivos móveis são o meio mais utilizado para acesso aos sites de notícias, com maior número de acesso do que os desktops. Foi identificada também a ascensão das redes sociais, em especial do Facebook, como meio de acesso às notícias sobre política e governo, ficando atrás somente dos noticiários das TVs locais.